O que é meio ambiente? E o que é sustentabilidade?
Outra palavra que está sendo usada com frequência em nosso meio, é a
palavra sustentável. Ou mais precisamente: desenvolvimento sustentável. É comum ouvir-se falar em sustentável e sustentabilidade como sendo sinónimos. Mostrar a diferença entre o significado destas duas palavras é um dos objectivos deste texto. Para facilitar a compreensão estudaremos os significados destas palavras associando-as a um sistema ou modelo concreto. Por exemplo, analisaremos o sistema ou o modelo de produção de alimentos – agricultura – e vamos ver qual significado de cada uma destas palavras tem, quando associadas a este sistema ou modelo.
A AGRICULTURA E A HISTÓRIA DA HUMANIDADE
Outra palavra que está sendo usada com frequência em nosso meio, é a
palavra sustentável. Ou mais precisamente: desenvolvimento sustentável. É comum ouvir-se falar em sustentável e sustentabilidade como sendo sinónimos. Mostrar a diferença entre o significado destas duas palavras é um dos objectivos deste texto. Para facilitar a compreensão estudaremos os significados destas palavras associando-as a um sistema ou modelo concreto. Por exemplo, analisaremos o sistema ou o modelo de produção de alimentos – agricultura – e vamos ver qual significado de cada uma destas palavras tem, quando associadas a este sistema ou modelo.
A AGRICULTURA E A HISTÓRIA DA HUMANIDADE
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Quando os grupos humanos primitivos escolheram ficar em determinados
locais do ambiente por um tempo relativamente longo, eles tiveram que fazer
‘agricultura’, isto é, produzir seus alimentos.
Não é objectivo deste texto fazer um histórico da relação da humanidade com a agricultura, mas sim mostrar que os seres humanos sempre tiveram que alimentar-se de outros seres vivos, fossem eles cultivados ou criados pelos humanos ou não. Isto mostra a completa dependência da sociedade em relação ao ambiente e aos alimentos. Alimentar-se não é uma questão de escolha para as pessoas, é uma acção obrigatória, desde a antiguidade até hoje, até agora. E vai continuar sendo assim... É a condição humana!
Mas se sempre foi assim, qual é o problema então? Por que esse sistema ou
modelo de produção de alimentos não pode continuar sendo como sempre foi? O que aconteceu que estamos inventando novas palavras como ‘desenvolvimento sustentável’ e ‘sustentabilidade’? E por que estamos preocupados com o ‘meio ambiente’? A respostas para estas perguntas estão escondidas na história. E na história recente. Desde quando as pessoas começaram a fazer agricultura até uns 50 anos atrás os alimentos eram produzidos para ‘matar’ a fome. E é para isso que servem os alimentos. Todo o alimento que não é consumido volta para o ambiente como alimento para outros seres vivos. Não há resto. Não há lixo. É nas sociedades modernas, também chamadas de ‘sociedades económicas’ e ‘sociedades tecnológicas’ que os alimentos perdem sua real função de ‘matar’ a fome. Desde o início da Revolução Verde é que os alimentos ganham outra função. Sua nova função agora é dar lucro. Hoje, os alimentos não mais são produzidos para matar a fome; agora os alimentos são produzidos para dar lucro para as ‘pessoas jurídicas’. E principalmente para a indústria petroquímica que produz os adubos. Os agricultores, de produtores de alimentos, actividade da qual orgulhavam-se, passaram a produtores de matérias-primas destinadas às indústrias. A cadeia produtiva era simples. Os agricultores produziam alimentos para si e para as pessoas que viviam nas cidades. Agora a cadeia produtiva é complexa. O que os consumidores compram nos supermercados são produtos de baixa
qualidade, super processados, com tantas misturas que há dúvidas se ainda são 9 alimentos. Mas se não são alimentos, isso não importa. O que importa é que são modernos, limpos, bem embalados, práticos, prontos para o uso, etc. Alguns são até cancerígenos. Mas só são produzidos os alimentos que dão lucro. Agora, na sociedade moderna, os alimentos super processados não matam apenas a fome, matam também....
A produção de alimentos nas sociedades modernas é feita em grandes
quantidades e destina-se ao consumo em massa. Para tanto usa-se a propaganda para estimular o consumo ao máximo. O que se espera não é a saúde das pessoas, mas o consumo.
OS PROBLEMAS DO ATUAL MODELO DE PRODUÇÃO
a) Os problemas ambientais
O modelo de produção actual tem como pressuposto o uso intensivo de
tecnologia, como forma de manter o lucro na actividade. Não importa a que custo ambiental. Tudo o que não é de interesse humano ou que envolve gastos são considerados como externalidades do sistema de produção. Um
exemplo claro disso é o caso dos dejectos de suínos em nossa região. Existem
propriedades, e até mesmo municípios, em que não há como fazer uso de todos os dejectos produzidos pelos suínos. Ninguém pergunta, ou não quer perguntar: e tem água suficiente? Tem área suficiente para utilizar o esterco dos suínos como adubo orgânico? O mais fácil é não perguntar; perguntas incomodam. Como se diz, ‘o melhor é esquecer’. Mas o ambiente já dá sinais de colapso. O ecossistema do planeta Terra não consegue mais reciclar tantos produtos e tantas moléculas estranhas colocadas no ambiente. Se alguém provar que algo faz mal à saúde ou provoca degradação ambiental, isso é interpretado como um ‘não problema’.
b) Os problemas sociais
Tomemos a suinicultura como base para mostrar os problemas sociais que o
actual modelo de produção provoca. Para onde foram todos aqueles agricultores. Pode-se dizer que se eram pobres no meio rural passaram a miseráveis no meio urbano. A produção de suínos cresceu nesse mesmo período, embora com menos de um quarto dos agricultores.
Tomemos a suinicultura como base para mostrar os problemas sociais que o
actual modelo de produção provoca. Para onde foram todos aqueles agricultores. Pode-se dizer que se eram pobres no meio rural passaram a miseráveis no meio urbano. A produção de suínos cresceu nesse mesmo período, embora com menos de um quarto dos agricultores.
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